segunda-feira, 11 de abril de 2011

MEUS Homens




Hoje eu encontrei os dois homens da minha vida, sentados juntos, é , um ao lado do outro, como se nada tivesse acontecido, não se falavam, não se cumprimentaram, apenas seguiam olhando para frente em busca de algo (que até agora eu não sabia), um enigma acabará de se instalar na minha cabeça.  Sem nenhum gesto ou magoa braços colados e olhar reto eles se encontravam juntos.  Sem nenhum ressentimento aparente, o primeiro era aquele que não esperava, que já tinha passado na minha vida e havia deixado algumas lições e valores e muitas saudades, o segundo era o atual, por quem eu respirava e transpirava,e tinha um grande orgulho e idolatrava, algumas dúvidas por este homem mais nada que uma boa conversa não resolvesse meu caminho ao lado dele. Juntos mesmo sem nenhum tipo de comunicação, eles iriam encontrar o meu terceiro homem. Aquele no qual até eu mesmo não conhecia, que apenas sonhava e suspirava pelos cantos.

Pausa para a respiração. Para o ônibus , descem quatro pessoas, volto ao meu devaneio. Fico a olhar e relembrar os momentos que passei com os dois “senhores joviais” que vivi.Lembranças lindas e um caminho longínquo se percorrer. Alguém sabe o nome dos meus três homens?

 O nome do meu primeiro homem era o: passado – com todas as suas marcas latentes e calejadas em sua faceta- E o segundo homem era o : presente (meu eterno desafio) e juntos eles iriam encontrar o meu futuro, que é o meu terceiro homem.


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Vermute!




A raiva ainda continua forte, minhas mãos manchadas de sangue , suam sem parar, os cabelos provavelmente desgrenhados se encontram com as lágrimas do rosto.Choro compulsivo,sentimento de culpa, só que no exato momento ele passa para : ALÍVIO.  A maior besteira possível havia sido feita .
Na visão dos outros, um assassinato a sangue frio, mas não tinha sido proposital apenas um acidente de percurso, será que dava pra viver depois de uma hora sem respirar? Aquele corpo ressuscitaria? Bem , se não desse certo a solução seria fugir.
As regras acabaram de ser quebradas, mas quem foi quebrá-las foi ela primeira ...  Se você não se encontra “falecida”, que atire a primeira pedra, ah! Você não pode. Os batimentos pararam.Depois de alguns minutos agonizando aos meus pés. É.  Já morreu.

O sonho , se escorre por entre os dedos e o cadáver dela esta jogada no canto esquerdo da sala de jantar.Ainda continuo meu jantar italiano acompanhada com o meu Gim vermute, sentada no teu lugar.Como se nada tivesse acontecido. Logo após um infarto “provocativo”, desculpa mais eu tinha que te matar primeiro pra depois te matar dentro de mim.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Coragem...


Assim como são as pessoas, são as coisas e os cafuçús*. 

Você faz tudo e mais um pouco, se entrega de bandeja pra ele e o que acontece depois? Um belo de um passa fora. É uma expressão forte? Mais é assim como a gente se sente. Expectativas por ralo a baixo, um coração quebrado é um amor que vai doer pelos próximos seis meses. Ou até mais , tudo depende da nossa amiga : intensidade.

A gente se arruma, se enfeita, pega milhões de ônibus (lê-se : 2 ou 3) , passa cerca de 2 horas em um trânsito infernal, para apenas vê-lo e o que acontece?  Ele simplesmente cai fora, pula do barco em alto mar e nós e que ficamos a ver navios, LOST.


Sem nenhum aviso prévio, carta, bilhete ou até mesmo uma ligação. Fraqueza tua? Nada, foi apenas uma leve indisposição momentânea. hãn hãn...

Depois de tantos relacionamentos em nossa vida, às vezes, quando a gente encontra alguém que a gente acha que é muito especial, a gente jura não fazer os mesmos erros do passado : pura ilusão (na maioria das vezes).  Bom com qualidades e defeitos eu te escolhi, apenas não achei que você teria a coragem, coragem de ser covarde. 



*PS. Pra quem não sabe o que é o termo CAFUÇÚ : Gíria cearense utilizada pra definir pessoas de má índole. 

domingo, 30 de janeiro de 2011

ÂNCORA



E quando chego lá, está um calor insuportável, apenas fiquei ali em baixo do guarda-sol, disfarçando, peguei o livro de Lawrence Block meu companheiro pra estas férias....e o suspense só aumentava minhas dúvidas... Quem havia matado a mocinha? Me disperso por uma fração de segundos, levanto levemente a vista, pego a água de coco e me deparo com ele ali, chegando do nada, ou melhor da esquerda ou seria da direita ( nunca me prendi a direções )....  Alto, curvas perfeitamente simétricas, barba por fazer, cabelos pretos, um short preto com detalhes em relevo, é um sorriso de tirar o fôlego. É . Sorriso indescritível. Olhos nos olhos por uma fração de segundo, e me encanto. Ele caminha calmamente na direção oposta a minha, penso e tre-penso em alguns segundo. Seria ele o tal? Vou ou não vou?Impulsiva,moderna, ácida, nunca cheguei em alguém que não fosse : O cara. O que valeria realmente a pena .Penso alguns segundo e decido ir até a beira da água, olhar o mar e fazer uma prece. Fico algum tempo, perdida do espaço/tempo daquela imensidão chamada de mar. Quando dou por mim, passei quase 1 hora ali, mesmo com toda a gritaria de crianças correndo, ambulantes tentando vender seus produtos, me sinto sozinha, e esqueço do tal rapaz por algum tempo.
Decido voltar ao lugar de origem, a sombra prometida. Viro lentamente, analisando as pessoas , os gestos, as roupas, os sorrisos, abaixo a cabeça e acabo rindo, faceira e suave. Mais ao fundo do cenário principal estava ele, agora com óculos de sol, ao meu lado do guarda-sol.  É, ao lado.. Sorrindo para mim, voltei lentamente, como em um desfile, sem pressa, sem medo.   O destino estava conspirando? O bonitão ao meu lado? Larguei a capa chamada proteção que até o exato momento me revestia e deixei me levar até você.
Ele seduz, ele conduz a conversa como uma dança. Ritmada e compassada. Relaxante e intrigante.
Sorri, balancei a cabeça, peço uma água, fico sem muitas palavras. Ele me conduza na conversa. Poucas frases, sei apenas o imprescindível. Hoje é domingo, à hora se aproxima. Aviso que tenho que voltar a capital, ele pede meu número. Hesito, mas acabo cedendo o número... Errado. Sei dos riscos

 O que me impediu de ir em frente, era a corrente que me ligava ao passado. Firme e forte como a âncora de um navio.

TODO O RESTANTE DA HISTÓRIA É MUITO VASTO. A vida segue. E tua imaginação é a porta para outro destino! 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Tinto


Nada de botões, nada de apertões. Nada de nada. Quero afago, quero colo, quero folga no meio da semana. Quero isto e deixo aquilo. Crio e refaço os dias que se enchem de alegria.Borboletas; Amarelas, que lá vem elas. 

Sorte . Sim, muita sorte. Amor de pessoas,sendo carnal ou sentimental.  Saudade azul.Aventura. Casualidade. Distração momentânea.Sensualidade, vermelho , vinho, tinto. 

Minha prioridade hoje, deixou de ser tua felicidade.  





domingo, 2 de janeiro de 2011

Remando contra a maré




Será que é certo insistir no mesmo erro depois de tanto tempo? Ou seria mera diversão de um verão todo pela frente?
Confesso que a carne é fraca, o coração vai junto e a minha querida ação toma a frente, os lados, e todos os caminhos de uma ariana impulsiva. Virei um capítulo da minha vida só que não consegui virar você junto com ela.
Queria parar e dizer : Não adianta meu filho, nem vem com está história...

Parece que antes de uma virada de ano, a gente faz votos, promessas e tenta não cometer os mesmos erros do passado. Chega 2011 e como qualquer outro ano o que predomina é o  recomeço, só que com algumas surpresas, reencontros, risadas sendo, regada  a muita dança e bebida. Depois de umas taças a gente fica feliz, gargalhando aos quatro cantos e vê que o desespero do passado foi em vão, que coisas pequeninas ficam lá trás e percebe o amadurecimento regado a erros e tropeços.

Parei de temer certos fatos e acontecimentos , tudo conspira pra gente, “o amor está no ar” e de que adianta ficar remando contra a maré?
Mesmo com todos os caminhos abertos o nosso destino ainda se encontra entrelaçado tento entender o quanto é tão forte a nossa ligação mesmo depois de alguns relacionamentos e fico assim sem resposta pra nossa pergunta principal, qual o motivo de a gente não estar junto depois de tanto tempo Darling?
Ser feliz com você ou não? Jogar a toalha branca da paz? Ou buscar a guerra ao teu lado?

Ainda tenho tantas histórias para serem lidas e (re)vistas. Quem sabe hoje ou amanhã? Porque quando eu me entregar à você eu não volto mais.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Ao ano que vem

Querido que ainda desconhecido, começo.Venho cheia de certezas bater um papo para, quem sabe, fazer com que entremos em sintonia. Mesmo que ande impossível, ou que assim seja para todo o sempre, em relação à mim - tão fugaz, fugídia, escapista. Porém, pedir que você permita que eu irrompa todas as instabilidades que vem pela frente, no formato vinte mais quatro horas, diariamente, é suplicar para que me atenda o telefone. Que pouse então, ao chão, e num mesmo nivelamento, eu possa com calma dar os passos que faltam para entrar em você serena, complacente. Tudo porque, como é de praxe, detesto final de ano. Me torno a pessoa mais reflexiva possível, e como é de conhecimento geral, pensar demais enlouquece, sim. Revejo erros, tento acertos atrasados, e tracejos promessas inconsequentes, que se quebrarão assim que a primeira semana de uma nova data se conferir por entre agendas e jornais, revistas. E você será a capa das infindáveis publicações, tentando ser compreendido pela massa, revolucionando com previsões que também em sua maioria não se cumprem. Se você promete a todos, caibo em meu papel de meu auto iludir - muito menos catastrófico, aposte.
Por fim, não se mire ao exemplo de seu irmão mais velho, que te cede o trono. Honre essa coroa que em ti estará, e dê a tal felicidade tão escondida, àqueles que não desistiram de tentar acertar nos dados que a vida joga. Olhe com sensibilidade para tudo que se plantou e ainda não floresceu, e não seja bandido de roubar da horta alheia, correta, para presentear aos que desmerecem: aja com justiça. Mesmo novo, vá por si só. Pense e aja com revolução, mudanças, inovações. Coloque alguns desafios, que é pra dar aqueles sustos de perder um pouco o sono e tremer na base de vez em quando, só pra não deixar demasiadamente fácil a tarefa que é ser humano e estar vivo. Deixe que o povo fale e ouça, que se comunique. Isso está em alta, te digo. Saber ouvir, e querer dizer, complementar; muitas vezes, é o que tem salvo casamentos quase desmoronados, e relações que ainda não tiveram tempo de amadurecer. Por favor, traga amor ao pessoal. Como dizem, sem gelo e em doses fartas: que nos embriague mais que a champagne do brinde à meia-noite, e faça jus às nossas roupas de baixo, sempre temáticas e piedosas. Mas amor que fique, amor real, sem contos de fadas e paixões borboleteadas. Real, e puro; forte e consistente, completamente apaixonado, e ainda assim, amável, o amor. Estável, entende. Que marque, mas também que fique. Que dê o gostinho de felicidade, mas que mostre também que há sabores ainda obscuros, igualmente imperdíveis.
Se você me vir, já sabe: avise o cupido que é pra acertar o alvo. Não só em mim, mas em alguém que queira exatamente o que desejo, me acompanhe. Traga mais risos infantis, em meios a tardes tediosas. Algumas brincadeiras com meus pequenos, que vejo crescer e sabe-se lá até quando assim será. Maior carinho entre eu e meus pais, que tanto amo e às vezes escondo. Guarde as tão minhas lágrimas para ocasiões necessárias, mas existentes (algum aperto no peito nos embriaga de nós mesmos por ventura, e além do mais, chorar só se for de alegria). Dias de verão, para que me sinta saudável e bonita. Dias de inverno, para que me aqueça em algum outro corpo que não sei e reconheça o aconchego de deitar e dormir, e se cobrir quase que até a cabeça. Conserve as amizades que fazem sentido, e pode levar aquelas que de superficialidade sobrevivem: quanto mais cedo o que não vale a pena se vai, aqueles que podem mudar nossa vida antes chegam. E para melhor. Bebedeiras com minhas companheiras, momentos de confissões entre amigas. Beijos apaixonados, ou não. Mas beijos. Abraços com altas doses de força e calor. Conselhos sábios, mas poucos - pergunte à seus antecessores: eu não sigo. Eventuais loucuras, para o livro de histórias da vovó que futuramente serei. Quem sabe um carro, aceito também um apartamento. Emprego, dinheiro no bolso, na carteira e espalhado pela bolsa. Saúde ótima, pra que eu tenha a liberdade de aprontar, aprender e fazer com que isso apenas me deixe ainda mais forte. Intuição e fé, pra que eu saiba os caminhos a seguir, e que sejam estes sem complicações fúteis.
E principalmente, 2011, que você me faça feliz. Não me maltrate, suplico. Me deixe contente em ter não apostado todas minhas fichas em você, e me surpreenda, se o caso for. Porém, que tatue nos cadernos e pautas, no que escrevo e que vivo a cor que o ano que ainda não terminou se esqueceu de fixar. Vilão que foi, acabou sem demais sorrisos, e levou consigo tanto a alegria extrema quanto a tristeza lamuriante que vivi os doze longos meses (quase) passados. Deixou vazio, inteirinho pra que você pinte e borde o que quiser. E que desde já, peço que é pra acontecer: que venha, e que chegue com força. Me surpreenda, e faça-se meu herói. Seja o que não foi 2010, e seu papel cumprido será: daqui um ano, quando estiver exercitando o pensamento e novamente dedilhando teclas e idéias, posso pensar 'não acabe dois-mil-e-dez, você não prometeu e existiu'

Da minha querida Camila Paier! :)

[Sem sombra de dúvidas : Todas as minhas preces para este ano estão aqui, tive que copiar e colocar aqui! Obrigado por tudo 2010 e que 2011 seja o MEU HÉROI]

Texto retirado do blog :http://calmila.blogspot.com/