sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Inebriante



Acordei ás 15.30 horas, cansada, exausta e toda machucada pra dizer a verdade. Não me lembrava absolutamente nada da noite anterior, a única recordação era que tinha saído com alguns amigos pra uma festa na sexta à noite e acordei doze horas depois, acordada numa cama bagunçada (que por sinal não era a minha). Esperei alguns minutos para me situar onde estaria, será que tinha ido pra casa de algum amigo?Ou teria encontrado alguém na balada e saído direto pra sua casa?! Levantei da cama cambaleando e me deparei com um desconhecido na porta do quarto me olhando, tomei um susto, o tal desconhecido me deu um leve sorriso e logo reconheci que em meio a um turbilhão de sentimentos era o sorriso final naqueles lábios vermelhos, automaticamente uma onda de medo me invadiu.                                                                        
Sempre gostei muito dos livros de Sidney Sheldon (autor americano), e sempre tive um fascínio pelas suas obras, instigante até o extremo e via naquele rapaz a descrição perfeita de uma obra americana.                                                                                
A dança, sensualidade, olhos nos olhos e suspiros. Seus passos eram sincronizados, tudo nele fluía em perfeita harmonia, até aquele momento meu uísque estava pela metade e eu já me sentia alterada, estava louca pra chegar perto daquele rapaz que tinha as qualidades necessárias pra ser minha companhia. Via nele a possibilidade, uma chance para a felicidade que tanto almejava, Ele era alto. Não exageradamente alto, mas com certeza tinha mais centímetros que o comum, e isso era muito atraente, queixo firme e testa larga, cabelos escuros, corpo musculoso. Eu uma mulher, de 1.70cm uma mulher de seios firmes, olhar inebriante e boca quente, em um vestido pouco costurado e alguns brilhos durante o caimento, ele também me olhava timidamente                                                                                                                         
Tomei o resto de uísque single malt (é o tipo mais raro e caro de uísque, destilado exclusivo de cevada) na mesa do bar e criei coragem pra chegar perto daquele homem, tenho plena confiança que ele tinha percebido os olhares fumegantes que tinha lançado enquanto ele dançava. Cheguei devagar, lenta e precisa a música que tocava na hora era uma salsa - uma dança latino-americana – tinha tido aula de salsa há uns três anos antes e sabia que não teria dificuldades em acompanhá-lo. Ficamos os dois, no ritual básico do processo, ambos desempenhando silenciosamente seus papéis. O meu olhar ousado, no ritmo da música fluía e confirmava a aproximação lenta do sujeito. Ele chegou como todos os outros, me encarando firmemente. Ele sorriu levemente e com um pequeno gesto, levantou sua mão me chamando pra dançar como em um lampejo peguei sua mão, cheguei bem perto do seu pescoço e senti seu perfume inebriante.




Continua nas próximas postagens! 
(Este conto é divido em duas partes ou até três queridos leitores)



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